Fase

O mais triste é que tenho mesmo me apegado ao vazio. Ando boicotando meu emocional em textos. Lendo isso pode achar que estou meio depressiva, mas não é verdade, estou vegetando mesmo. É uma fase estranha. Geralmente quando a merda acontece, procuro alguma coisa boa na merda pra me reerguer como o Livro de Pollyanna Moça (Eleanor H. Porter 1915) que li quando era uma piveta.
O Amor que me deixou nesse estado de demência, minto, a maior parte da culpa é das contas em meio a um orçamento limitado.

Fujo da verdade, do desdém, das limitações e enrolações.
Mas também preciso compreender que se quiser viver nesse planeta (afinal não tenho muitas opções) vou sempre correr o risco de me ferir e que pode ser momentâneo se eu quiser. Claro, se parar de tomar diariamente e propositalmente meu veneno de lembranças do que se perdeu, do que não aconteceu e do que gostaria que tivesse acontecido. Estou cheia de tanto me afogar no raso.

Fiz do meu peito travesseiro para os seus anseios. Não adiantou muita coisa, mas me rendeu alguns textos para reler daqui a uns 20 anos e rir por ser tão boba ou chorar por não ter mais sentimentos tão intensos.


Hoje esse vazio me arrebata. É aqui que eu quero estar nessa fase, arrumando a bagunça. Aqui não tenho que me inventar em mil pra agradar ninguém. Não preciso me limitar, nem me esconder. Não preciso me reprimir. Fingir, fugir.  Não preciso dizer que Não quando é Sim. Não preciso deixar de amar pois aqui eu amo e fim. E espero mesmo o fim. Que seja breve. Leve e que leve embora tudo que contribui no sustento da minha fase ruim. Tudo que eu não precisava nesse momento era uma dor de amor. Quando pensei que já estivesse portão final dessa estrada.










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